O debate sobre o futuro financeiro dos brasileiros ganha força com o aumento da longevidade e a previsão de crescimento da população idosa. Segundo o Ipea, o número de aposentados deve saltar de 31,4 milhões para 66,4 milhões até 2060. Nesse cenário, o planejamento previdenciário é essencial, sobretudo para quem empreende como Microempreendedor Individual (MEI).
Hoje, o MEI que contribui apenas com a alíquota de 5% sobre o salário mínimo (R$ 75,90 em 2025) tem sua aposentadoria limitada ao piso nacional. Para aumentar o valor do benefício, existe a possibilidade de realizar uma contribuição adicional.
A estratégia é simples: acrescentar mais 15% de contribuição, além dos 5% obrigatórios, totalizando 20% sobre o salário mínimo. Essa escolha muda o enquadramento para contribuinte individual e pode garantir um benefício muito superior, chegando próximo ao teto do INSS, atualmente em R$ 8.157,40.
Para realizar o pagamento, o empreendedor deve acessar o Portal da Previdência ou o aplicativo Meu INSS, emitir a Guia da Previdência Social (GPS) com o código 1910 e efetuar o pagamento até o dia 15 do mês seguinte.
Na prática, um MEI que contribui com cerca de R$ 400 por mês (soma da contribuição obrigatória e da extra) pode alcançar um benefício aproximado de R$ 2 mil na aposentadoria. Além disso, contribuições maiores fortalecem a cobertura do INSS em casos de auxílio-doença, invalidez ou pensão por morte.
Planejar a aposentadoria é fundamental. Ao optar por uma contribuição mais robusta, o MEI assegura não apenas um benefício mais digno no futuro, mas também proteção ampliada para sua família.